HIV AIDS

Desde sua descrição como doença em 1981 a trajetória dessa condição de saúde é pautada por desinformação, polêmicas e preconceitos.  No cenário da COVID19 entendemos como é importante ter informações médicas seguras e o potencial malefício de FAKE News.

A sigla HIV significa Vírus da Imunodeficiência Humana, que nada mais é que um patógeno capaz de infectar nossas células de defesa, um tipo específico, chamado de Linfócitos TCD4+ (LTCD4+).  A infecção pelo vírus HIV é dividida em fases:

Transmissão viral: a infecção geralmente é adquirida por meio de relações sexuais (80%), exposição à sangue (materiais contaminados, predominantemente entre usuários de drogas injetáveis) transmissão perinatal (intrauterina, no nascimento ou através do leite materno).

Fase aguda ou Síndrome Retroviral Aguda (SRA) ou soroconversão: há vários termos para descrever essa fase que se dá semanas após a infecção. Nessa fase os sintomas são muito próximos de outras doenças virais como febre, dor no corpo, linfadenopatia (conhecidas popularmente como ínguas ou nódulos), cefaleia, artralgia e caracteriza se por intensa replicação viral e desenvolvimento de anticorpos detectáveis contra antígenos do HIV, ou seja, já é possível a realização de diagnóstico laboratorial nessa fase. Cerca de 60% dos pacientes não apresentam sintomas nesse estágio. Após essa elevada replicação viral associada a um dano ainda não comprometedor de nossas defesas ocorre um declínio na carga viral.

Fase latente: após o declínio viral da fase aguda a replicação viral ocorre lentamente e concomitantemente com a destruição de mais células LTCD4+. Gradativamente os níveis de LTCD4+ vão caindo. A medida que a infecção progride podem surgir sintomas inespecíficos, tais como febre baixa, perda de peso, diarreia, lesões orais, lesões de pele (como Herpes Zoster).

Fase AIDS/SIDA: ocorre quando os níveis de LTCD4+ situa se abaixo de 200 células/ml e podem surgir as chamas infecções oportunistas, tais como: pneumocistose, neurotoxoplasmose, tuberculose pulmonar atípica ou disseminada, meningite criptocócoca, entre outras.

Importante ressaltar que nem todos as pessoas vivendo com HIV (PVHIV) apresentam a AIDS. Há PVHIVs ainda assintomáticas, com níveis elevados de LTCD4+ e outras em Tratamento Antirretroviral (TARV).

Essa é a história natural da doença e com o progresso na terapia antirretroviral, que atua no bloqueio da replicação viral, podemos interferir em praticamente todas as suas etapas, desde a prevenção com as Profilaxia Pré e/ou Pós exposição até na recuperação imunológica com a doença em curso.

O acompanhamento com infectologista é de grande importância na orientação das possíveis estratégias de prevenção, detecção/diagnóstico precoce e definição do estágio da doença, a identificação de comorbidades associadas à infecção pelo HIV ou relevantes para seu tratamento e selecionar o regime antirretroviral mais adequado.  PVHIV em uso regular de TARV com diagnóstico precoce tem sua qualidade de expectativa de vida preservadas. Além do infectologista é importante acompanhamento com nutricionista, psicólogo, entre outros. Um acompanhamento por equipe multiprofissional gera melhores resultados para o paciente.

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